Foi falta, eu vi!
Sexta-feira, dia 18/07, 11h00.
Em uma das obras da empresa, acompanhando auditoria do sistema de qualidade.
Saio do sol e entro no hall do prédio ainda em construção para descer pro subsolo.
Cegueira momentânea por causa do contraste muito sol x escuro.
Vou devagar até localizar a escada. Ok, agora é só descer com calma os dois lances e chego à luz novamente.
Vou tateando com os pés degrau por degrau.
Perfeito, já devo estar no patamaaaaaaaaaaaar...
Humpf! Não, eu ainda não estava no patamar da escada, faltava um degrau, ou dois, nem sei. O fato é que eu fui com tudo, na esperança de encontrar o chão e encontrei, mas quando encontrei não era o patamar, mas a quina do degrau, estava com um salto “Anabela” não muito alto, mas o suficiente para virar o pé e causar uma dor dos diabos. Fator agravante: eu estava já com um barrigão. Mas tudo bem com o bebê, visto que apenas o meu joelho beijou o chão e o meu cotovelo lambeu a parede (o prédio está em construção ainda, lembram-se? Portanto as superfícies da parede e do piso não eram lisas).
Volto para o escritório quase sem conseguir andar direito, mas tudo sob controle.
Sento-me na minha mesa e trabalho até às 16h00. Aí chega, vou embora porque é o casamento da minha melhor amiga e eu sou madrinha, tenho que estar linda e maravilhosa às 19h. A tentativa de levantar foi quase frustrada, não conseguia apoiar o pé no chão.
Vou para casa com muita dor no pé, tiro a bota e vejo que o pé parece um pão, de tão inchado, tomo um banho rápido, e vou para o salão com muita dor.
Às 18h30 estou pronta, mas não consigo apoiar o pé no chão. Vou para casa chorando de dor. Choro porque dói muito, mas choro mais só de pensar que talvez eu não consiga ir ao casamento de minha grande amiga.
Chego em casa e o marido resolve que vai me levar para a clínica de fraturas ao invés de irmos para o casamento. Aí sim é que eu choro!
Decido que vamos ao casamento, e só depois vamos á clínica.
Coloco o vestido, o sapato (que graças a Deus não chega a pegar no tornozelo) e vamos lá, caminhando com muito sacrifício, apoiando no marido, acreditando firmemente que a dor é psicológica.
A cerimônia foi linda, a minha amiga estava linda, a igreja estava linda, a emoção dos noivos foi linda e até o choro compulsivo da minha amiga foi lindo. A minha felicidade conseguiu ser ainda maior que a minha dor.
Beijo, abraço apertado na amiga, no marido da amiga, fotos, mais abraço na amiga e o brilho nos olhos dela com o sorriso estampado no rosto mais feliz do mundo garantem que valeu muito a pena ir ao casamento dela. Nada poderia ser maior que aquele momento, muito menos uma dor.
Como a recepção seria somente no dia seguinte, pude ir à clínica sossegada naquela noite.
Chego à clínica quase às 22h. Linda, loura, maquiada, de vestido longo, salto alto, mancando e de barrigão, ao lado do elegante marido de terno e gravata. Já havia bastante gente quebrada na recepção, mas como estar grávida tem lá suas vantagens, sou atendida de imediato.
O moço da recepção pergunta o que aconteceu e, antes que eu possa pensar em responder o marido diz, no exato momento em que faz-se um silêncio na sala:
- Nós estávamos num casamento, sabe? Eu disse pra ela, não precisa pegar o buquê, eu caso com você, você está grávida... Mas aí ela entrou na disputa com as outras mulheres, sofreu uma falta, porque foi falta eu vi, e olha aí, ó,acabou contundida, machucou o pé!
Fulminei o marido com o olhar e nem me atrevi a olhar para as pessoas da recepção.
O moço que estava fazendo minha ficha olhou para mim com uma cara desconfiada e perguntou?
- Foi isso mesmo?
E eu, com a maior cara de pau...
- Foi!
Adiantava eu desmentir???
Em uma das obras da empresa, acompanhando auditoria do sistema de qualidade.
Saio do sol e entro no hall do prédio ainda em construção para descer pro subsolo.
Cegueira momentânea por causa do contraste muito sol x escuro.
Vou devagar até localizar a escada. Ok, agora é só descer com calma os dois lances e chego à luz novamente.
Vou tateando com os pés degrau por degrau.
Perfeito, já devo estar no patamaaaaaaaaaaaar...
Humpf! Não, eu ainda não estava no patamar da escada, faltava um degrau, ou dois, nem sei. O fato é que eu fui com tudo, na esperança de encontrar o chão e encontrei, mas quando encontrei não era o patamar, mas a quina do degrau, estava com um salto “Anabela” não muito alto, mas o suficiente para virar o pé e causar uma dor dos diabos. Fator agravante: eu estava já com um barrigão. Mas tudo bem com o bebê, visto que apenas o meu joelho beijou o chão e o meu cotovelo lambeu a parede (o prédio está em construção ainda, lembram-se? Portanto as superfícies da parede e do piso não eram lisas).
Volto para o escritório quase sem conseguir andar direito, mas tudo sob controle.
Sento-me na minha mesa e trabalho até às 16h00. Aí chega, vou embora porque é o casamento da minha melhor amiga e eu sou madrinha, tenho que estar linda e maravilhosa às 19h. A tentativa de levantar foi quase frustrada, não conseguia apoiar o pé no chão.
Vou para casa com muita dor no pé, tiro a bota e vejo que o pé parece um pão, de tão inchado, tomo um banho rápido, e vou para o salão com muita dor.
Às 18h30 estou pronta, mas não consigo apoiar o pé no chão. Vou para casa chorando de dor. Choro porque dói muito, mas choro mais só de pensar que talvez eu não consiga ir ao casamento de minha grande amiga.
Chego em casa e o marido resolve que vai me levar para a clínica de fraturas ao invés de irmos para o casamento. Aí sim é que eu choro!
Decido que vamos ao casamento, e só depois vamos á clínica.
Coloco o vestido, o sapato (que graças a Deus não chega a pegar no tornozelo) e vamos lá, caminhando com muito sacrifício, apoiando no marido, acreditando firmemente que a dor é psicológica.
A cerimônia foi linda, a minha amiga estava linda, a igreja estava linda, a emoção dos noivos foi linda e até o choro compulsivo da minha amiga foi lindo. A minha felicidade conseguiu ser ainda maior que a minha dor.
Beijo, abraço apertado na amiga, no marido da amiga, fotos, mais abraço na amiga e o brilho nos olhos dela com o sorriso estampado no rosto mais feliz do mundo garantem que valeu muito a pena ir ao casamento dela. Nada poderia ser maior que aquele momento, muito menos uma dor.
Como a recepção seria somente no dia seguinte, pude ir à clínica sossegada naquela noite.
Chego à clínica quase às 22h. Linda, loura, maquiada, de vestido longo, salto alto, mancando e de barrigão, ao lado do elegante marido de terno e gravata. Já havia bastante gente quebrada na recepção, mas como estar grávida tem lá suas vantagens, sou atendida de imediato.
O moço da recepção pergunta o que aconteceu e, antes que eu possa pensar em responder o marido diz, no exato momento em que faz-se um silêncio na sala:
- Nós estávamos num casamento, sabe? Eu disse pra ela, não precisa pegar o buquê, eu caso com você, você está grávida... Mas aí ela entrou na disputa com as outras mulheres, sofreu uma falta, porque foi falta eu vi, e olha aí, ó,acabou contundida, machucou o pé!
Fulminei o marido com o olhar e nem me atrevi a olhar para as pessoas da recepção.
O moço que estava fazendo minha ficha olhou para mim com uma cara desconfiada e perguntou?
- Foi isso mesmo?
E eu, com a maior cara de pau...
- Foi!
Adiantava eu desmentir???
Comentários
Cuide-se.
O médico depois deve ter contado quando chegou em casa.... rs
beijos
Re
Beijos...
Vc já assistiu "ligeiramente grávidos"?Assiste!É muito engraçado!Vi e sonhei(mais uma vez) que estava grávida!
Seu marido é um caso sério!!! Mas.. E o buquê? Pegou????
kkkkkkkkkkkkk
Estou sim, o pé ainda incha um pouco, mas já está 99% bom! Pode deixar que estou cuidando agora! Bjo
Re,
Fiquei imaginando o médico contando pra família ou pros amigos... Hahaha... Bjo
Clau,
Nem tanto, né amiga? Se bem que eu acho que ele vai poder ajudar muito pouco na licença, morre de medo de pegar bebês no colo!
Bjo
Karlinha,
Ele passou por agressor??? Coitado!
Imagina o que se passava pela cabeça das pessoas quando olhavam pra ele?
O nome do filme não me é estranho, mas não consigo lembrar se vi ou não. Vou procurar! Bjo
San,
Pior que não, amiga! Casada, grávida e contundida, me baniram da disputa pelo buquê! Bjo
Outra coisa, me lembrei de você no último domingo quando fomos a um sítio e o dono pegou um saco de cimento. Lembra que ele disse que você é tão magrinha que pesa menos que um saco? Pois é, só lembrei de vocês dois, rsrsrs.
Beijocas muito carinhosas
Acho que foi por causa desse senso de humor que me casei com ele! Nós sempre rimos muito juntos.
Sobre o saco de cimento... eu nunca esqueci disso, aliás, no início do quarto mês de gravidez eu pude olhar meu marido nos olhos e dizer toda orgulhosa:
- Agora eu já peso mais que um saco de cimento!!!
beijo
re
primeiro o nome do blog me chamou atenção, é que faço mestrado e minha dissertação é sobre urbanismo, e tudo que é sobre o urbano me atrai, daí seu blog me atraiu.
depois os escritos aqui, ADOREI, principalmente o MP3 de seu pai, achei o máximo, mesmo.
sei q logo, logo sua vida vai se voltar somente para o bebê lindo que está aí no barrigão, por isso desejo que vc seja a melhor mãe do mundo, que seu parto seja ótimo, que tudo seja flores, sorriso e amor.
Está sim... tá 99,9% bom!
Beijo
Iúna,
Que bom que vc gostou daqui. Volte sempre tá? Será sempre muito bem vinda.
E muuuito obrigada pelos seus votos, eu e o baby agradecemos!
Beijos
Adorei a história! rsrs Mas que susto...
Cuida dessa barriga aí, hein?!
bjs